Não sei entender os suícidas, assim como não entendo as horas que parei pra pensar em desistir da minha vida.
Não sei falar palavras que confortem aqueles que estavam proximos. Nem mesmo sei lidar com a perda, por mais longe que ela esteja de mim. Mas aqui estou, vivo. Ontem diante daquele imenso nada, olhei pra dentro e pra fora de mim, foi como ter um choque no ego. Estamos vivos, o quão isso é fino e especial.
Eu vejo as pessoas falando sobre os mistérios da morte, mas para mim, a vida é tão misteriosa que a morte. Tudo se move, temos a chance de a cada dia nos reposicionar a respeito do que faz a nossa vida.
Temos inimigos, amigos, uma cultura voltada para diversos meios, temos total liberdade, até mesmo de quebrar as regras, e até mesmo de tirarmos nossa própria vida. Temos as consequencias, a morte é o ultimo resultado. Não existe física na morte, calor, não existe som. A morte é um silêncio, e provocar esse silêncio atirando contra a própria vida é tão fraco como tentar matar os outros.
Meus problemas sempre estão juntos, com minhas quedas, meus sentimentos de vazio. Mas amanhã eu posso acordar e descobrir que dentro de mim existe um alguém tão forte e bonito. Eu não tenho tempo para as futilidades da vida, quero apenas viver. Não existe suicidio mais para mim. Então, desculpe se por acaso isso é rude, mesmo que não conheça, ainda há sempre uma luz. Só que as vezes atravesar o tunel é muito mais díficil.
Vá, em seu silêncio, para sempre.
sábado, 26 de março de 2011
Ao amigo que se matou e eu não conheci
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