O tempo corre na minha cabeça. As cicatrizes que não se apagam, os medos que só me levam pra beira, o silêncio da noite. Os amigos que toda hora morrem entre as linhas que o destino escreve.
Hoje eu não sei se queria saber meu nome tão bem, e nem mesmo os pesos das coisas que fiz por onde passei. Pelas pessoas que conheci, as que preferem nem mesmo lembrar meu nome e o sublime nada que vem da noite, junto com seu silêncio.
Barulho, e ver o suor dos corpos pegando fogo por dentro. Hoje eu sei o que desejar e ter, só perdendo pelo então saber do que é ter e perder. Se eu desejo e tenho, tenho e perco.
E mesmo que ele diz "eu poderia ficar aqui para sempre.", eu sei que o sempre termina quando ele estiver sóbrio. Mesmo que ele fala o quando me adora, e de como as coisas aconteceram até aqui, por mais que fique o gosto, o toque, acaba até o ponto que dizemos "até, logo." um para o outro.
É ser forte tentar continuar e fugir dessas tentativas fixas de não saber mais o certo que destino quer dar para as próprias emoções? Talvez. Faz tempo que não consigo entender isso, se no fim eu realmente estou preparado para recomeçar os laços entre mim e quem seja, ou se tudo que me resta é ficar velho e continuar agindo como se nada mudasse.
Eu penso em mim, em mim, em mim. Como não pensar? Em mim como minhas coisas, como o que eu quero. Eu devia sim agora me preparar para querer sempre mais, em vez de me prender ao que não dura, ao que me escorrega das mãos.
Fica na memória eu e você, o mar enquanto amanhece, o frio na sua tentativa de me aquecer, e sua voz que não diz nada e absolutamente tudo.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Em seu nome
Postado por Bruno Martins Cabral às 20:52
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